domingo, 25 de junho de 2017

Num comboio

Circulam pessoas, em vários sentidos, todos com diferentes objetivos, rotas e ambições. Contudo, têm em comum... um comboio.
Um meio para alcançar um destino. Posso tentar abstrair-me e - caso tenha tido sorte - olhar pela janela. Mas a paisagem não me apela aos sentidos e rapidamente perco interesse.
Procuro, na minha mochila, por outro entretém que anteriormente antecipei.
Estudar? Não, não me apetece. Aproveito então para pôr a leitura do livro do momento em dia.
Gosto muito de ler. Sinto que entro noutra dimensão, como se tivesse uma televisão permanentemente na cabeça onde as histórias se desenrolam e eu observo.
Levanto o olhar... Vejo um rapaz, na casa dos seus 25 anos, em pé, a falar com duas raparigas sentadas.
Não consigo ouvir a conversa - não me apetece, tenho os meus fones para me entreter - mas consigo imaginar o conteúdo pela postura e linguagem corporal. É claramente agradável...
Se há coisa que aprendi, já após a adolescência, é de que a linguagem corporal é muito importante nas reações e atitudes que as pessoas têm. Era habitual cruzar os braços; sentia-me mais protegida e aconchegada. Contudo, compreendi com o tempo, que cruzar os braços é uma postura defensiva.

Sim, estou mais uma vez de volta a este comboio, e espero estar novamente em breve. É sinal de que o fim-de-semana está a chegar, pois este... este já acabou.


Alfa Pendular
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